ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DESPORTOS
É CAMPEÃ! Portuguesa conquista o Campeonato Paulista A2 2022
22 de abr de 2022
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Em uma noite mágica e em um Canindé lotado novamente, a Portuguesa conquistou nesse domingo (17) o título de Campeã Paulista de 2022, ao derrotar o São Bento por 2×0, diante de quase 13 mil torcedores. A conquista coroou a histórica campanha rubro-verde que teve o melhor ataque, a melhor defesa, o melhor aproveitamento no geral, como mandante e como visitante, ao longo de 21 rodadas.
A decisão voltou a mostrar uma Portuguesa forte, determinada que soube usar o fator casa para fazer a diferença na partida. Ao longo dos 90 minutos, a Lusa foi superior ao time de Sorocaba e conquistou com méritos a vitória e, consequentemente, o título, seu terceiro na divisão.
Antes da bola rolar, o clima já era diferente no estádio do Canindé. Com as arquibancadas lotadas, uma presença pra lá de especial dentro de campo, mexeu com todos os presentes. No colo de seu pai Thomazella, o pequeno Gustavo, entrou junto ao time pela primeira vez na temporada. Em tratamento contra um raro tipo de câncer, a luta de Gustavinho se tornou um símbolo dessa campanha, depois de revelada publicamente pelo goleiro rubro-verde. Por isso, seu nome foi entoado pela torcida junto ao dos jogadores e ao do técnico Sérgio Soares.
Após o apito inicial, o que se viu foi a Lusa pressionando pelo seu gol, com um cruzamento venenoso de Eduardo Diniz que Zé Carlos teve trabalho em defender e tirar da direção do gol, antes que Léo Castro pudesse fazer o desvio.
Novamente o goleiro do São Bento trabalhou quando Daniel Costa cobrou escanteio pela direita e Naldo, após se livrar da marcação, cabeceou em direção ao gol. Porém, ao quicar no chão, a bola perdeu força e ficou fácil para Zé Carlos encaixar sem rebote.
Com a posse da bola, a Lusa sofria para furar o bloqueio sorocabano, até que aos 42 minutos, Daniel Costa cobrou escanteio pela esquerda. O zagueiro Vítor Pereira subiu junto com Naldo e desviou contra a própria meta, a bola ainda resvalou no beque rubro-verde antes de morrer no fundo do gol e fazer explodir a torcida que estava no Canindé.
Com a vantagem no marcador, a Lusa passou a jogar com inteligência e explorar os espaços deixados pelo São Bento, que precisava do gol de empate para, ao menos, levar o jogo para os pênaltis. Já que na partida de ida, em Sorocaba, a partida terminou empatada em 1×1.
Foi nas costas da defesa que Gustavo França levou perigo em chute cruzado, que Zé Carlos defendeu em dois tempos, com dificuldade. Porém, no lance seguinte, aos 12 minutos, não teria o que o goleiro pudesse fazer.
Em falta cobrada por Daniel Costa, mais uma bola venenosa veio para dentro da área do São Bento. Luan e Diego Sacomam foram para a disputa e ex-zagueiro rubro-verde acabou desviando por último, mandando a bola para dentro do próprio gol. Nova explosão de alegria no Canindé, era o título cada vez mais perto da Lusa.
Não restava aos visitantes outra opção que não partir para o ataque, mesmo sem encontrar espaços diante da melhor defesa da competição. Por isso, uma série de chutes de fora da área foram arriscadas, mas nada que levasse grande perigo à meta de Thomazella, que quando exigido, defendeu com segurança, para garantir mais uma partida sem ser vazado na temporada.
Enquanto isso, a Lusa seguia criando oportunidades, como na linda jogada de Gustavo França que se livrou de dois marcadores e rolou para Daniel Costa que, de primeira, lançou Léo Castro com espaço para invadir a área e tocar na saída do goleiro. Porém, caprichosa, a bola explodiu no pé da trave direita de Zé Carlos e deixou o grito de gol preso na garganta dos torcedores.
Zé Carlos e Thomazella ainda trabalhariam mais uma vez cada, em chutes de longa distância. O goleiro do São Bento em chute de Luan na meia-lua, o da Lusa em cobrança de falta que precisou buscar no canto direito baixo, mostrando a elasticidade que fez dele o melhor do Campeonato.
Quando o Canindé já era tomado pela festa e o relógio invadia os acréscimos, Eduardo Diniz recuperou um rebote de escanteio e partiu de sua própria defesa em uma arrancada digna de Dener. Conseguiu se livrar de três marcadores, um deles caiu no chão após ser driblado, passou pelo goleiro e com o gol aberto finalizou por cima do travessão, deixando todos incrédulos com a linda jogada que não terminou como gol.
Porém, não fez falta. O título já era da Portuguesa, poucos minutos depois, o árbitro Douglas Marques das Flores trilou o apito pela última vez e encerrou de vez a história da Portuguesa na Série A2. Campeã e dona da melhor campanha, a Lusa se despediu em alto estilo e levando às lágrimas sua apaixonada torcida que vibrou e muito a cada gol, a cada lance e a cada vitória nessas 21 rodadas que reconduziram o Clube ao seu lugar.