Portuguesa volta a vencer o Primavera e está na semifinal do Paulista

Em noite de uma linda festa no Canindé, a Portuguesa voltou a vencer o Primavera pelas quartas-de-final do Campeonato Paulista e se classificou para as semifinais da competição. Assim como na partida de ida, a Lusa voltou a enfrentar um adversário difícil e que foi derrotado pelo placar mínimo, dessa vez, com gol de Caio Mancha, no final do jogo.

Com a vantagem de quem jogava pelo empate, já que havia vencido o primeiro confronto por 1×0, a Portuguesa não se mostrou um time acomodado. O técnico Sérgio Soares repetiu a formação com três atacantes e colocou o time para frente, em busca de mais uma vitória na competição.

Tanto que logo no primeiro minuto, Daniel Costa lançou Caio Mancha dentro da área e o camisa nove finalizou cruzado, um tiro forte, sobre a meta do goleiro André. Apesar do pouco perigo, a jogada serviu para incendiar um Canindé que recebia seu melhor público no Campeonato.

Novamente a Portuguesa levou grande perigo quando Caio Mancha saiu da área e fez um lindo passe para Gustavo França nas costas da zaga. O atacante saiu na cara do goleiro e deu um toque na saída de André, mas bola percorreu a pequena área passando rente à trave esquerda do Primavera; Cesinha ainda tentou de carrinho um desvio, mas acabou se chocando com o poste.

A pressão seguia e antes dos 30 minutos, o goleiro André voltou a trabalhar quando Luís Ricardo chegou pela direita e cruzou para Caio Mancha. O atacante fez o pivô e tocou para Cesinha que chutou de primeira, rasteiro, para boa segura defesa do arqueiro do Fantasma.

Antes do intervalo, dois lances de fora da área levaram perigo. Primeiro, Daniel Costa tentou, mas bola desviou em Willian Rocha e por pouco não entrou no gol. O outro foi Marzagão, que após escanteio, aproveitou o rebote e chutou rente à trave esquerda de André.

Na volta para o segundo tempo, a Lusa perdeu Luís Ricardo e Cesinha machucados e precisou colocar Railan e Anderson Ligeiro. Porém, mesmo com as mexidas, o time não perdeu o ímpeto ofensivo e seguiu na pressão em busca do gol que lhe traria o sossego da classificação.

Aos 12 minutos, Ligeiro recebeu pela direita e cruzou na medida para Caio Mancha que se antecipou ao marcador e desviou acertando a trave de André. Na sequência, Daniel Costa cruzou novamente e foi a vez de Gustavo França se antecipar e fazer o desvio, mas dessa vez por cima do gol.

O jogo passou a ficar mais tenso, mesmo com a vantagem do confronto sendo da Portuguesa, era ela quem tinha a posse da bola e buscava o gol, porém parava em um Primavera bem postado, que por sua vez não levava perigo a Thomazella. A igualdade do marcador persistia e ansiedade também, até que Geovani, que acabara de entrar no lugar de Daniel Costa, arriscou um tiro de fora da área que tinha direção certa, mas parou em uma grande defesa de André.

Com o passar do tempo, não restava outra opção ao time de Indaiatuba que não atacar. Com bolas alçadas na área, a zaga da Lusa se mostrava soberana e os espaços defensivos começaram a surgir no time do interior. Foi em um desses espaços que a Eduardo Diniz conseguiu descer pela esquerda e fazer um preciso cruzamento na cabeça de Caio Mancha.

O centroavante, que não marcava desde a estreia quando fez dois gols justamente contra o mesmo Primavera, subiu mais alto que a marcação e cabeceou como manda o manual para encobrir André e fazer o gol da vitória, aos 44 minutos do segundo tempo.

Era a deixa para uma explosão de euforia tomar conta do Canindé, dentro e fora do campo. Após sete anos, a Lusa chega às semifinais do Campeonato Paulista e segue viva na briga pelo acesso à elite do estadual. A Portuguesa aguarda o final dos confrontos para conhecer seu próximo adversário, mas já sabe que a decisão será em casa, por ter a melhor campanha.